domingo, 30 de dezembro de 2012

BOM ANO DE 2013




Esta história remonta ao ano de 1982. Mais precisamente ao dia 31 do ano de 1982.

 

Era uma vez um guardanapo.

Era a primeira vez que se encontrava numa mesa pronto a ser utilizado e estava muito nervoso!

De repente, lágrimas começaram a verter do seu rosto frágil…

Não percebia o porquê da sua existência. Daqui a momentos seria jogado fora e de nada teria valido existir.

Foi então que o copo da água interveio.

- Ó guardanapo. Não deverias questionar a tua existência amigo. Todos nós existimos por um motivo e todos nós somos importantes e temos significado.

- Isso és tu que és utilizado várias vezes. Tu és lavado e terás oportunidade de fazer parte desta mesa durante vários anos. Eu não!

- Não deves pensar assim meu amigo. Sabes… os besouros-de-maio vivem apenas 24 horas. Achas que a vida deles é inútil ou triste? Não é! É uma vida repleta de cor, vida, alegria e magia. E os besouros não são os únicos insectos que vivem apenas 24 horas. Estes pertencem a um grupo denominado de efemeróptero. Tem lógica, dada a sua efemeridade. Amigo. Não devemos desvalorizar a vida que temos. As coisas são como são. Tu és um guardanapo e deves cumprir o teu objectivo.

- Mas eu nem sequer sei qual o meu objectivo. Eu sou tão inútil!

- Ouve. Já pensaste que eu não vou ser utilizado nesta noite? Pois é. Eu pertenço ao conjunto do Miguel sabes? Já o conheço e sei bem que ele não vai beber água esta noite. Estou aqui apenas para compor a mesa. E achas que me importo? Vou ter oportunidade de vivenciar com a minha família e amigos uma nova experiência e isso é sempre importante. São momentos…. E a vida é feita de momentos.

- Hum… talvez tenhas razão. Vou poder estar com todos vocês uma noite inteira. Que mais posso querer, não é? Está bem! Vamo-nos divertir!

As pessoas começaram a aproximar-se da mesa e a sentar-se. O conjunto do guardanapo pertencia a uma menina. Ele estranhou porque ela não tinha cabelo, mas o copo da água contou-lhe que após dois anos de luta, estava em recuperação de uma leucemia. Ele encheu-se de orgulho por ser o guardanapo de uma rapariga tão corajosa e lutadora!

Durante toda a noite, foi utilizado várias vezes e aninhado no colo da menina após cada utilização. Que momento mágico estava a viver! Como podia ter questionado a sua existência e utilidade? Durante aquela noite pôde comungar de um momento de esperança e alegria pelo ano que se aproximava.

No final da noite foi jogado fora, mas estava tão feliz! Sentia-se com o seu objectivo atingido. Fora acarinhado durante toda a noite e fora útil para alguém.

Pouco depois, a porta do caixote do lixo foi aberta novamente e ficou surpreendido com o que foi colocado no seu interior junto a si.

O copo da água partira-se durante a arrumação da mesa!

O guardanapo pensou então: ainda bem que o copo da água aproveitava todos os momentos como se fossem os últimos! Ainda bem que não perdera a sua vida a lamuriar-se. Ainda bem que ele sabia viver!

Isto é o que todos nós deveríamos fazer!

Uns queixam-se de suas vidas, outros aproveitam-nas ao máximo. Quem será mais feliz?

 Não importa o tempo que vivemos ou o final que teremos. O importante é como vivemos!!

Sejamos todos o copo da água.

 

Um Bom Ano de 2013 para todos!


terça-feira, 18 de dezembro de 2012

CONTO DE NATAL

 
 
 
 
 
Onde me encontro, tenho uma vista privilegiada sobre a cidade.
 
De dia vejo os pinheiros caiados de branco, as casas empoleiradas umas nas outras num misto de cor e o branco incandescente da neve!
 
De noite vejo a iluminação própria das ruas e do interior das casas em consonância com o esplendor da iluminação de Natal, através da qual distingo bonecos de neve, renas, pais natais e toda uma panóplia de figuras associadas a esta época!
 
 
Quaisquer palavras seriam escassas para expressar a beleza que observo!
 
Mas do cimo deste monte também ouço!
 
De dia ouço o turbilhão sonoro dos transportes, os risos das crianças, as músicas de natal e o ladrar animado dos cães.
 
De noite ouço o silêncio. O silêncio de uma cidade que descansa para recomeçar de novo!
 
 
 
 
 
Mas estar-vos-ia a mentir se vos dissesse que é apenas isto que vejo e ouço do cimo deste monte!
 
Talvez esta vista não seja assim tão privilegiada, pois, no cimo deste monte vejo também a fome, a miséria, o sofrimento, a tristeza e a desilusão.
 
Vejo crianças andrajosas e subnutridas com pedaços de pão rijo que aceitam como refeição.
Vejo famílias inteiras a banquetear-se dos restos encontrados nos caixotes do lixo.
Vejo animais escanzelados, de ar sofredor, cheios de moscas à sua volta.
Vejo pessoas como EU  e como TU que lutam diariamente mal conseguindo sobreviver!
 
Mas também vejo Porches e Lamborghinis.
Vejo roupas de alta-costura.
Vejo pessoas de ar altivo e inatingível, que se queixam da qualidade do último hotel no qual pernoitaram pela módica quantia de 2.000 euros.
Vejo homens engravatados e de pasta nas mãos, que não sorriem a ninguém, provavelmente demasiado preocupados com o dinheiro que roubam diariamente a essas pessoas que os olham humildemente nos olhos e não percebem.
 
Não percebem porque é necessário que tantos sofram para que tão poucos enriqueçam!
Não percebem que mal fizeram para serem vistos como meros números inseridos em estatísticas!
 
 
 
 
Mas é NATAL!
 
E nós colocamos tudo "para trás das costas", para que não possamos ver ou sentir, para que nos possamos permitir a ser felizes por momentos.
 
Mas e, quando na Ceia de Natal, muitos não tiverem o que comer?
E quando passarmos na rua a caminho de casa e nos depararmos com pessoas enfiadas debaixo de pedaços de papelão, desejando apenas que a noite passe rápido?
E quando nos apercebermos da nossa própria realidade, resultante de situações despoletadas por algum engravatado de pasta na mão e dentes brancos que ninguém vê?
 
Nós, portugueses, somos pacatos e queremos viver a nossa vida em paz.
Mas o que temos conseguido por ficar no nosso cantinho?
 
É NATAL!!
 
E, por ser NATAL, que todos sejamos invadidos pelo amor pelos outros e por nós próprios!
 
Por ser NATAL, que nos revitalizemos, que ganhemos energia e ânimo para o futuro que nos aguarda e, principalmente, para lutar por justiça!!
 
Por ser NATAL, que aproveitemos para estar com quem amamos... fazer alguém feliz... ser feliz!!
 
Em 2013, voltarei a este monte!
 
Quero ver de novo a minha cidade e os seus habitantes!
Mas não quero ver estas discrepâncias sociais, nem estas disparidades de estado de espírito!
Quero ver a felicidade espelhada no rosto de cada um!
Quero ver os dentes brancos do homem engravatado!
Quero ver os cães abanando a cauda junto daqueles que amam!
Quero ver a magia das crianças!
 
E, principalmente...
 
Quero que TU estejas lá!
Que faças parte deste conjunto e que, no próximo NATAL estejamos todos juntos e possamos viver o espírito natalício em plenitude.
 
Este é o meu Conto de Natal.
Não é propriamente feliz!
Mas, apesar de tudo, repleto de beleza e de intensidade!
 
É o Conto real que teremos neste ano de 2012.
 
 
 
 
 
 
 



domingo, 16 de dezembro de 2012

O PÁSSARO DA LIBERDADE








Vi um pássaro encantado
A voar na minha direção
Pensei ser o meu amado
Mas é claro que não!

O pássaro posou
No meu ombro a sorrir
E depois, logo chorou
E acabou por cair

Sem saber o que fazer
Peguei no pássaro com carinho
Pobrezinho, estava a tremer!
Precisava de um cantinho!

Onde o pudesse tratar
E  fazê-lo sorrir
Para voltar a vê-lo voar
Mas agora sem cair

Acabou por melhorar
E depois por fugir
Deixando-me a chorar
Mas também a sorrir

Pois enquanto chorava
Para conter a saudade
Enfim reparava
Que o pássaro me dera liberdade!

                                                      Sónia Santos


Trata-se de uma alegoria adaptável a vários momentos da nossa vida!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012



Já temos o lançamento marcadíssimo meus amigos!!

Vai realizar-se no Café Santa Cruz, no dia 26 de Janeiro pelas 17 horas!!

Conto com a vossa presença.

De uma forma ou de outra, todos voçês fizeram ou fazem parte da minha vida. Desejo, por isso, partilhar com voçês este momento!!

Um bom final de ano para todos e lá nos encontraremos em Janeiro!!

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

LANÇAMENTO

Pessoal,

Há uma forte probabilidade de o lançamento só se vir a realizar no início do próximo ano!!

No mês de Dezembro há muitas festividades e as pessoas já têm a agenda demasiado sobrecarregada e, para além disso, o livro foi para a gráfica a 20 de Novembro e ainda há muitos pormenores a tratar para vos poder oferecer um momento especial e único!

Peço-vos, portanto, que guardem os 11 euros bem guardados para os gastarem, (investirem) no início do ano.

Vamos começar o ano com o pé direito!!

Garanto-vos que esta obra vos irá transportar por caminhos tão intensos e reais que os irão sentir em cada palavra!!


Conto convosco!!!

sábado, 17 de novembro de 2012

Um breve passeio por Évora

As notícias revelavam a proximidade de uma tempestade... muita chuva e vento.

Mas isso não me iria demover na concretização do meu objetivo: aproveitar o fim de semana livre para ir a Évora.

Foi uma viagem bastante intensa! Quase trezentos quilómetros debaixo de uma chuva intensa, muito vento, muita água na estrada e escuridão total. Mas sempre com a minha fiel companheira!



E, às 23 e 30 do dia 16 chegámos ao nosso destino.


Évora, uma cidade alentejana que desconhecia.


Cidade muralhada com monumentos megalíticos e forte representação da presença romana.

 
 
No entanto, como podem verificar, a chuva foi uma constante. O espaço que deveria ter sido contemplado com calma, passeando pelas ruas da cidade, foi visitado sob a pressão da chuva que teimava em cair.
 
 

 
 
Mas, ainda assim, visitei todos os locais de cariz histórico e cultural da cidade, dos quais destaco o largo de um dos corredores da universidade de Évora, onde podemos encontrar os quatro elementos: água, ar, fogo e terra.
 




 
 

 

 O facto é que, com o temporal, a visita acabou por ser muito mais rápida do que tinha planificado, por isso, ás 13 e 30 do dia 17 já estava a fazer a viagem de regresso, debaixo de chuva, como não poderia deixar de ser.
 
Mas desta vez, não poderia deixar de fazer uma paragem em Evoramonte para visitar o castelo.
 

 
 

Debaixo de chuva para não variar. Mas valeu bem a pena! O castelo é lindíssimo e a paisagem de cortar a respiração!!

E seguiu-se o caminho de regresso. Muito chuvoso!



Mas nalguns locais o céu aparecia para animar a viagem

 
E assim foi. Em 24 horas percorri quase 600 Km.
 
Agora podem perguntar-se: E terá valido a pena?
 
E eu respondo:
 
Não deixemos que a chuva ou outras circunstâncias da vida nos impeçam de sair, de conhecer, de viver!
 
 
Não pensemos que a vida só merece ser vivida se for um mar de rosas, pois, nesse caso, nunca viveremos.
 
 
Lembremo-nos que a nossa vida é como esta breve viagem.
Repleta de tumultos e tempestades, com obstáculos no percurso e sem finais felizes.
Mas será por isso que não deve ser vivida??
 
Quem faz a nossa felicidade somos nós próprios. Cabe-nos a nós viver com intensidade e aproveitar cada momento como se fosse o último!
 
 
 


quinta-feira, 8 de novembro de 2012

QUEM ÉS TU?



Tu és aquele que eu procuro

Mas não consigo encontrar

Onde estás?

Estarás também tentando encontrar-me?

Estaremos tão perto sem nos encontrar realmente?

Ou estaremos demasiado longe para nos descobrirmos?

E quando (se) nos encontrarmos?

Será que passaremos um pelo outro sem prestar atenção?

Ou ficaremos presos através do olhar?

Nem eu nem tu o sabemos...

E quem és tu afinal?

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Nova Obra

Pessoal...

Já temos o produto final paginado

Terá, nada mais nada menos, que 169 páginas.




Vá, não façam essas caras!!

Não são muitas páginas. Qualquer um poderá ler!

É um livro que dá para todas as realidades...

Quem está habituado a ler com regularidade lê-lo-à em poucos dias...

Quem não costuma ler não se irá cansar com tanta letra.

Tudo a pensar em voçês!!! EH EH

terça-feira, 6 de novembro de 2012

A Adolescência

Hoje mostro-vos um excerto de um pequeno texto redigido durante a minha adolescência.


"Hoje sinto-me uma mulher dotada de alguma sensualidade e inteligência, mas o meu comportamneto assemelha-se ao de uma adolescente confusa, despreocupada com os seus compromissos e responsabilidades e com imensa vontade de apenas "deixar andar" a vida ao sabor do vento.

Talvez por isso, me sinta na categoria de jovem adulta, talvez a passar por uma fase de transição conturbada.

Amanhão não terei a insensatez de deixar de lado os meus compromissos e responsabilidades, afectando-me a mim mesma e a tudo o que me rodeia de forma indiscriminada.

Amanhã terei compromissos para comigo e para com quem a mim se juntar neste processo que é a vida.

Amanhã não serei uma adolescente, mas a mulher que sinto estar a crescer dentro de mim."

domingo, 4 de novembro de 2012

O INÍCIO

 
 
 
 






EM BUSCA DE UM CAMINHO surgiu sem que nada o fizesse prever. Surgiu do amor pela escrita, do desejo de transmitir algo e de contar uma história. A história de Sara, a história de todos nós!
 
EM BUSCA DE UM CAMINHO é um romance que mostra a vida de cada um de nós, as experiências que vivemos, o que sentimos, as rasteiras que a vida nos prega, as alegrias que nos proporciona e as forças que descobrimos ter.

Sara mostra-nos que ao longo da vida sentimos vários tipos de amor. Fala-nos sobre o seu primeiro e doloroso amor, sobre a força e intensidade do amor platónico e o amor entre irmãos gémeos. Vive a perda de uma grande amiga, a luta da irmã pela vida e o reencontro com um grande amor.
 
Na vida de Sara, podemos encontrar a nossa própria vida. O seu crescimento, os dramas da adolescência e a sua vida adulta são apenas o descortinar das nossas próprias vidas e, quem sabe, o empurrão que necessitamos para seguir em frente.







 



 






Sónia Santos. 30 anos.

Possui formação superior obtida através de quatro anos de ingresso na Escola Superior de Educação de Coimbra, onde se licenciou em Animação Socioeducativa no ano de 2004. Esta formação permitir-lhe-ia educar de forma não formal e em contextos diversificados.

De momento não se encontra a “abraçar” a sua área que é, para si, não só área de formação, mas também objectivo de vida. A conjuntura actual dificultou o progresso da sua carreira, mas não a impediu de procurar soluções.

Após finalizar a sua formação, iniciou-se na busca de emprego que, após algumas formações complementares e constantes recusas foi substituída pela mera necessidade de estabilidade financeira. Após obter essa estabilidade, uma vez que esta não lhe estava a ser “oferecida” pela função que escolheu, manteve a sua incansável busca pela concretização dos seus objectivos, busca essa que ainda hoje se mantem e através da qual surgiu esta obra.

A sua estabilidade financeira foi obtida como auxiliar de enfermagem no IPO de Coimbra. Esta função tem-lhe permitido encarar a vida de outra forma. A sua formação académica e própria vida não a tinham preparado para aquilo com que se deparou no desempenho desta função.

O acesso a esta realidade despertou ainda mais o seu desejo de ser instrumento de educação e partilha e, para tal, inseriu-se em vários projectos de voluntariado e desenvolveu projectos de Animação para o próprio IPO. Actualmente, continua a lutar por um trabalho na sua área de formação, mas enquanto tal não acontece, não cruza os braços e continua a ajudar e a educar da melhor forma que sabe e lhe é permitida.

 





 
 
O livro será lançado em Dezembro, em Coimbra. Vou-vos contando as novidades...